Confusão mental: como lidar com pessoas com Alzheimer?
Uma das cenas mais difíceis de serem presenciadas na vida de quem amamos é o surgimento da confusão mental. O esquecimento de nomes de pessoas importantes e de práticas até então rotineiras de forma repentina e gradual causa espanto nos familiares e amigos, sem contar a ansiedade em quem passa por esta situação.
A confusão mental é um dos sintomas mais comuns do Mal de Alzheimer, uma doença que compromete o funcionamento do sistema cognitivo, ou seja, da memória, porque atinge as células neurais.
Aos poucos, a pessoa vai perdendo a habilidade de raciocinar, de falar e agir, chegando ao ponto de depender totalmente de cuidadores e familiares.
Presenciar a perda da saúde de alguém que amamos é muito complicado, mas para o paciente também é. À medida que ele começa a perceber que não realiza as atividades diárias, nem se comunica com a desenvoltura de antes, pode ter crises de ansiedade e depressão.
Normalmente, a doença acomete pessoas mais idosas, a partir dos 60 anos. De acordo com estudo publicado em abril de 2021, na Revista Brasileira de Epidemiologia, cerca de um milhão de brasileiros sofrem de demência, sendo que a maioria tem Mal de Alzheimer. Daqui a 30 anos, este número pode chegar a quatro milhões.
O estudo envolveu pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e da Universidade de Queensland, da Austrália.
A confusão mental ocorre de forma gradativa
É importante deixar claro que o Mal de Alzheimer é uma doença de degeneração gradativa e em cada paciente ela apresenta uma velocidade. Hoje, a pessoa está se comunicando bem, mas, amanhã, pode não saber mais o endereço da própria casa.
As pessoas que desenvolvem o Mal de Alzheimer passam por três estágios: inicial, moderado e avançado.
Na fase inicial, o idoso começa a apresentar alguns déficits de memória. Esquece nomes de pessoas e fatos recentes, além de levar mais tempo para aprender coisas novas ou tomar decisões. Também passa a mostrar dificuldade para encontrar palavras simples do dia a dia. Esta falta de fluidez na comunicação começa a causar ansiedade, uma vez que a pessoa percebe que existe algo errado com ela.
No estágio moderado, os sintomas iniciais se acentuam e a pessoa passa a perder a noção de tempo e de espaço, fazendo com que lembranças antigas se tornem mais fortes do que as recentes.
Daí, ela começa a precisar de apoio para a realização de tarefas do dia a dia, passa a delirar, a ter alterações de humor (felicidade, tristeza, agitação) e a apresentar algumas mudanças no sono e no apetite.
Quando chega à fase mais severa, a perda da comunicação se acentua e os nomes e rostos de pessoas queridas passam a ser esquecidos. Ocorre a perda do sono, e a incapacidade cognitiva leva o paciente a necessitar de ajuda para atividades simples, como comer, cuidar da higiene, se vestir e tomar banho.
A capacidade de locomoção também é bastante comprometida, tornando o idoso quase que totalmente dependente de cuidadores e familiares.
Cientistas avaliam que o diagnóstico de confusão mental e o próprio Mal de Alzheimer se tornam fatores de risco para pessoas sedentárias, obesas e com problemas de coração, diabetes e hipertensão.
Para reduzir os riscos da doença é importante manter o corpo e a mente ativos. Desenvolver o hábito da leitora, estudar, praticar atividades físicas com regularidade e evitar cigarro e bebidas alcoólicas são atitudes que podem ajudar.
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Como lidar com uma pessoa que apresenta confusão mental?
É importante que o cuidador ou familiar, primeiramente, procure manter o equilíbrio. Isso porque é muito comum a angústia e o desespero surgirem quando uma pessoa que se ama é acometida por uma grave confusão mental.
As atitudes mais indicadas são:
- Procure ser amável e calmo com a pessoa
- Fale devagar e em um tom que não seja agressivo
- Use gestos e mímicas para orientar a pessoa (na hora de comer, por exemplo, finja que está levando um garfo à boca)
- Expresse uma ideia de cada vez, para não deixar a pessoa ainda mais confusa
- Reduza ao máximo o número de opções, deixando apenas duas. A facilidade na hora de tomar decisões reduz as crises de ansiedade
- Evite falar da pessoa na presença dela, como se ela não se percebesse
Existe tratamento para confusão mental?
A confusão mental não está associada apenas ao Mal de Alzheimer. Dependendo do quadro de saúde, o idoso pode apresentar algum problema de memória. Uma forte desidratação, AVC, demência ou infecção urinária, por exemplo, também são fatores que levam à confusão mental em alguns casos.
Existem muitos estudos em andamento que tentam reverter os sintomas do Mal de Alzheimer, na esperança de oferecer mais qualidade de vida para paciente e familiares. Por enquanto, é possível controlar os sintomas com medicamentos indicados por especialistas, além de terapias para minimizar as mudanças de comportamento.
Quando os sintomas de confusão mental estão no início, os médicos e nutricionistas costumam indicar o uso de complementos nutricionais, a exemplo do Souvenaid, da Danone, para tentar desacelerar a progressão da confusão mental e, consequentemente, do Mal de Alzheimer.
Indicado para nutrição oral e nutrição enteral, Souvenaid possui ácidos graxos EPA e DHA (ômega3), uridina Monofosfato (UMP), colina, fosfolipídios, micronutrientes antioxidantes, vitaminas E, C do complexo B e selênio. Não contém glúten e lactose.
Esta combinação pode ajudar na melhora da atividade cerebral e no metabolismo dos transmissores cerebrais. Também possui papel anti-inflamatório e protege as células de reações danosas.
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